PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO - CHAPECÓ -SC

                         ORIENTAÇÕES PARA A ESCOLHA DOS MEMBROS DO CONSELHO DE EVANGELIZAÇÃO E PASTORAL (CEP)  2011

Introdução

Todos sabem que em nossa diocese as comunidades são coordenadas por um conselho de pastoral. Já estamos com mais de vinte anos nesta caminhada. As diretorias de antigamente, apesar do esforço e dedicação, tinham um estilo centralizador e se preocupavam quase que só com os aspectos administrativos. Os CEP, quando trabalham como verdadeiros conselhos, abrem espaço para a participação da comunidade, valorizam a todos, tomam as decisões em conjunto, priorizam a pastoral e a evangelização. Assim, as pessoas se sentem sujeitos da comunidade de Igreja e procuram ser membros atuantes.

História

Antes do Concílio Vaticano II (1962- 1965) a visão de Igreja era bastante diferente de hoje. Tudo era centralizado no padre. Ele que tomava as decisões e os leigos/as obedeciam. Com o Concílio, a Igreja passa a ser entendida como Povo de Deus. A partir daí aprofundou-se a responsabilidade dos leigos/as na caminhada histórica da Igreja, seja no campo da execução, como do planejamento e das decisões. O próprio Concílio sugere a formação dos Conselhos.

Conselho, o que é?

O Conselho de Pastoral é formado por um grupo de cristãos (as) que se encontram para refletir sobre a vida da comunidade, seus anseios, dificuldades e projetos que garantam a comunhão, participação e o exercício da missão. Ele é o coração da comunidade.

A espiritualidade do Conselho

A espiritualidade dos Conselhos encontra seu fundamento na Bíblia.

- No livro do Êxodo, Jetro, sogro de Moisés, sugere a ele que, ao invés de querer resolver os problemas do povo sozinho, escolha entre o povo pessoas capazes, tementes a Deus, seguras e inimigas do suborno para que formem um conselho (Ex 18, 13-27).

- O conselho deve atuar segundo a mística e a prática de Jesus: “Quem de vocês quiser ser grande, deve tornar-se o servidor de vocês e quem quiser ser o primeiro, deverá tornar-se o servo de todos” (Mc 10, 43-44).

- O conselho é chamado por Deus para este serviço (Lucas 9,1-6).

- Não usar da comunidade para interesse próprio, mentir: “Ananias porque você deixou satanás tomar posse de seu coração” (At 5,1-11).

- Formar verdadeira comunidade de oração, partilha, serviço e comunhão (At 2, 42-47).

- Colocar-se a serviço é lavar os pés uns dos outros (João 13, 1-17).

- O membro do conselho deve estar unido à videira, que é Jesus, para produzir bons frutos (Jo 15,5).

- O Conselho deve agir como o Bom Pastor que cuida com carinho dos pobres, dos afastados, dos excluídos e de toda a criação, entregando a sua vida para que todos tenham vida (Jo 10,10-15).

Funções do Conselho de Pastoral

1-     Evangelizar com alegria e paixão.

2-     Coordenar a vida da comunidade.

3-     Motivar o surgimento de novas lideranças.

4-     Garantir a articulação entre as várias pastorais.

5-     Possibilitar a integração entre comunidade, região, paróquia e diocese.

6-     Garantir a divisão de tarefas e responsabilidades.

7-     Promover as assembleias para avaliação e planejamento.

8-     Promover a justiça, a fraternidade e a partilha.

9-     Motivar o povo a participar das lutas sociais que defendam a vida, especialmente dos mais pobres.

10-Possibilitar que as necessidades da comunidade sejam atendidas.

11-Coordenar e incentivar a contribuição do dízimo como forma de manter financeiramente a comunidade evitando a realização de promoções que não condizem com o espírito cristão.

12-Realizar a prestação de contas seguindo as orientações da contabilidade oficial da diocese (notas fiscais, documentação...)

13-Coordenar as construções e reformas, zelando pelo patrimônio da comunidade.

14-Formar verdadeiras comunidades eclesiais de base.

15-Zelar pela historia da comunidade (registros, atas, fotos, vídeos, etc.).

16-Promover a harmonia e a paz entre os membros da comunidade.

Alguns critérios para a escolha do conselho

Æ Pessoas de fé, seguidoras de Jesus. Que participem das celebrações da comunidade e que sejam dizimistas.

Æ Pessoas dispostas a caminhar com a Igreja, participantes ativas da comunidade, das pastorais ou movimentos que participem dos encontros de formação.

Æ Pessoas honestas, justas e éticas.

Æ Pessoas que comungam com a caminhada da Igreja.

Æ Pessoas que saibam dialogar e trabalhar em equipe.

Æ Pessoas que valorizam as pastorais.

Æ Pessoas que respeitam o Plano Diocesano de Pastoral.

Æ Pessoas que não pensam só em dinheiro, bailes e promoções..

COMO ESCOLHER O CONSELHO

1-  Cada pastoral convida um ou dois casais para serem seus representantes no conselho.

2-  Estes casais juntamente com o atual conselho podem convidar ou indicar outros nomes para compor o conselho.

3-  Os que aceitarem serão convidados a participar de diversos encontros de formação com o padre da respectiva região pastoral.

4-  No último encontro com a presença do padre será finalizada a composição do conselho com a escolha do coordenador(a), tesoureiro, secretário(a) e outras funções que se fazem necessárias (jornal diocesano, terceira idade, coletas, etc).

5-  Apresentar os nomes à comunidade para aprovação.

6-  Escolher uma data para o envio do novo conselho.

OBSERVAÇÃO

- O coordenador/a do conselho deverá ser uma pessoa que conheça a comunidade, que tenha um engajamento pastoral, que conheça o funcionamento das pastorais.

- O coordenador/a é coordenador/a do conselho e não da comunidade.

- Quem coordena a comunidade é o Conselho de Pastoral.